Há mais de 2 mil anos, nascia um menino em Belém, que viria ao mundo para trazer uma mensagem de paz, amor e fraternidade. O menino veio de uma família humilde, em que o brilho e a luz não estavam fora, mas dentro. Um iluminado. Esta é a história. Depois, a gente incrementou, inventou os presentes como uma forma de demonstrar afeto, criou as decorações de Natal que foram ficando cada vez mais grandiosas e luxuosas.
Natal é uma época em que, querendo ou não, ficamos mais sensíveis, mais questionadores dos valores que realmente interessam na vida. Nos últimos 30 dias, ganhei meu Natal várias vezes. Aliás, passei o ano sendo presenteada com momentos que fazem diferença e que, com os quais, com certeza não saí indiferente. Saí diferente. É assim que a gente cresce como ser humano.
Sim, ganhei meu Natal!
Ganhei meu Natal quando conheci o livro "Eu Espero", uma publicação que tem apenas uma linha escrita por página e que é uma das obras mais verdadeiras que já li. Ganhei meu Natal quando vi meninos, jovens em conflito com a lei, mudarem seus pensamentos e comportamentos porque a música tinha entrado em suas vidas. Ganhei meu Natal quando um gaiteirinho viu seu sonho realizado num instrumento musical que um estranho Papai Noel levou à sua casa.
Ganhei meu Natal todas as vezes que vi duendes com figurinos e maquiagens encantadoras arrancando sorrisos e abraços de pessoas simples, como se tivessem sido presenteadas com uma visita abençoada. Ganhei meu Natal quando vi adultos chorando, emocionados porque alguém lembrou deles neste final de ano, levando alegria e afeto, pura magia.
Ganhei meu Natal quando vi crianças nascidas no século passado - sim, a infância não é cronológica - se divertindo em um trenzinho, num passeio singelo, de algumas quadras, acompanhadas de duendes e do tal do Noel. Ganhei meu Natal quando um senhor pediu para tirar uma foto com o Papai Noel, mesmo que eu não tivesse para onde enviar a foto. Era só o momento. Ganhei!
Ganhei meu Natal em cada passageiro do trenzinho mágico, que despertava uma alegria contagiante em cada passeio. Pois é, em nenhum momento desses tinha uma caixa ou um pacote envolvido, tinha o brilho de cada um. Quem dava e quem recebia. Era magia, energia e um gesto fraterno que unia a todos num verdadeiro Natal.
Ganhei meu Natal! Porque Natal tem a ver com a luz, a de dentro. Foram essas luzes que iluminaram meus dias e o de todos que passaram por esta experiência, tenho certeza. Pra viver o Natal é preciso acreditar.
Acredite, você pode viver este Natal! Sabe aquela história que o bom velhinho entra pela janela para deixar os presentes na árvore? Acontece. Não bem assim. O bom velhinho é uma metáfora. Significa a alegria, o bem, a virtude, a esperança, o amor, a paz. Deixe a janela da sua alma aberta e acredite, ele virá. Vai mudar a sua vida e a forma de olhar o outro, de viver cada dia com mais fé e esperança. E então, cada gesto seu terá um propósito muito maior. Porque o mundo não muda, quem muda são as pessoas e são elas que fazem do mundo um lugar melhor de viver. Somos nós. Acredite. Se você acreditar, ele virá!